sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Medos


Todo mundo que me conhece bem, sabe da minha paixão pelo “ser humano”, suas particularidades, suas emoções, suas reações. Hoje me aconteceu um fato inusitado (o qual não vem ao caso), que me despertou essa vontade de escrever sobre o assunto!
E a dúvida do dia é: “Por que as pessoas têm medos?”.
Por que as pessoas têm medo de mudar de emprego, medo de mudar o relacionamento, medo de mudar de vida? Por que as pessoas não tomam determinadas decisões, não “experimentam o novo, o “diferente”? Fico me perguntando se toda decisão é para sempre, se não podemos simplesmente tentar algo e se não der certo, voltarmos atrás, mas sem medo, sem orgulho de ter que dar o braço a torcer caso não tenhamos sucesso? Por que pensamos, pensamos, pensamos, pesamos os prós e contras e simplesmente não conseguimos, (na maioria das vezes!), sair da “zona de conforto”?
Por que é mais fácil ficarmos estagnados, sem mudanças claras em nossas vidas apenas pelo medo de que “talvez não dê certo!”?
Quantas vezes reconhecemos talentos nas pessoas, acreditamos nelas, batalhamos por algo e no final a resposta é “eu não posso aceitar”?
Será que é tão complicado? Será que é justo colocarmos o “eu vou perder dinheiro nessa jogada” antes de “eu vou mudar a minha vida sem que alguém faça isso por mim”???? É muito mais fácil, após uma demissão, nos revoltarmos com a empresa a qual trabalhamos anos e anos. E tudo pra mim volta sempre para o tema: Egoísmo! É muito mais fácil termos autopiedade, compaixão do que coragem! É muito mais fácil assumirmos o papel de “coitadinho, foi demitido” do que “bah, teve coragem de pedir demissão e partir para outro emprego, após anos”.
Pro ser humano acho que é normal, baixar a cabeça e sair pela porta dos fundos do que tomar a decisão e com a cabeça erguida, tomar as rédeas de sua vida.
Falo isso no campo profissional, mas também se aplica a um relacionamento. A pessoa se arrasta, se acostuma uma vida toda e só quando é traída é que é capaz (nem sempre!) de sair dessa! Mas aí sai por baixo, de vítima. Chora alguns dias, pensa em cortar os pulsos, sem coragem de encarar o mundo e admitir que há tempos já não existia o tal “relacionamento”.
Por que não há uma revolta interior, uma racionalidade alinhada com uma emoção forte, um sentimento de “eu sou um vencedor e vou ganhar o mundo?” e num giro de vários graus, tudo muda? Aquele emprego de anos vai pro espaço! Aquele casamento ou namoro vegetativo tem fim! Mas no final, aquela certeza de que se pode voltar atrás e admitir o erro? Por que não conseguimos experimentar sem medo?
Fiquei pensando o dia todo e confesso que não consegui encontrar uma resposta aceitável para isso, mas ao mesmo tempo consigo admitir o seguinte: eu também tenho medo!

Um comentário:

  1. Dentro de uma empresa somos apenas mais um.. temos que pensar em nós mesmo.
    Dentro de um realcionamneot fracassado, somos apenas um, pq a outra parte nao é mais... mas nao se quer admitri o fracasso.
    dentro de algumas amizades somos "amigos" somente enquantopodemos oferecer algo material...
    Os fracos pecam pelo medo de ser forte tentar ser forte para apanha!

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